Como Dar... Sem Grilos
As pessoas me enviam e-mails sugerindo temas, e um bem recorrente é: "Fale sobre como dar ou comer um cu direito". Realmente há toda uma problemática inerente a essa forma de penetração; me refiro ao momento em si e a dor que ele gera. Mas essa mesma dor é parte fundamental do processo; ninguém vence na vida sem se esforçar, dar o cu é a mesma coisa. É preciso que haja dor para que se possa ter a exata noção, e apreciação, do prazer que vem depois. Interessou-me a complexidade do assunto e resolvi abordá-lo.
Para tanto foi preciso uma discussão "acadêmica" com um colega que sugeriu que eu podesse ser um, "Viadinho". Minha resposta: "Meu caro, chupei a primeira rola aos cinco anos, num tempo em que nem se usava falar "boquete"; dei o cu pela primeira vez aos onze, ou melhor, tentei, pois o cara tinha 1,90m e uma tromba entre as pernas; mas perseverei, e depois de muita coação da minha parte, pois ele era maior de idade e se não me comesse eu diria a todo mundo que ele "abusou de mim", aos treze, enfim, entrou tudo. Comi a primeira bunda aos dezesseis, e até aqui já são dezenove anos de intensa atividade fodolística. E você vem agora me humilhar com esse diminuitivo? Eu sou é um "viadão"!"
Uma colega que estava ouvindo me relatou depois as suas tentativas frustradas de dar para o namorado e pude ver então que o assunto é de utilidade pública nacional de extrema prioridade. Então vamos lá: não existe o "beabá" do cu, mas conhecendo melhor essa região fica mais fácil depois para lidar com ela, até porquê tem cus que de tão inespugnáveis mais parecem a Casa Branca: você vê a porta, mas não entra de geito nenhum.
Eis a extrutura do canal anal: mucosa retal; musculatura circular; esfíncter interno; musculatura longitudinal; bifurcações medial e lateral; elevador do ânus; esfíncter externo superficial; esfíncter externo subcutâneo; linha branca de Hilton; mucosa epitelial pavimentoso; mucosa de transição e pele. Tem três centímetros de comprimento e é o responsável pela dor que a gente sente ao dar a bunda.
Sem meias palavras: o cu não foi feito pra levar vara; por isso a dor. Ademais, os esfíncteres são como anéis involuntários, muito sensíveis, cuja função é justamente manter "a porta fechada"; e quando "percebem" uma ameaça de invasão é que se fecham mais ainda. Devido a isso é que sentimos a dor, que independente do tamanho do pênis, pode ser lacinante. O curioso é que esses mesmos esfíncteres, por sua alta sensibilidade, são os responsáveis por ser essa uma das zonas erógenas mais prazerosas.
Contudo, ninguém ganha para a próstata, que fica depois do canal. Um homem bem acariciado nessa glândula pode ter vários orgasmos com ou sem ejaculação e sem precisar tocar no pênis. Disso deriva a palavra "prostituta"; é que as mulheres eram pagas justamente para introduzir o dedo no ânus do cliente e assim levá-lo ao delírio pelo acariciamento da próstata. Isso no tempo do Paganismo, quando o povo sabia viver, aí vieram o Judaísmo e o Cristianismo e fuderam com a porra toda, inventando pecado pra tudo.
Tendo então compreendido o ânus e seu funcionamento podemos concluir que: pra dar o cu é preciso estar com vontade mesmo. Dor haverá sempre, seja ela absurda ou quase imperceptível, assim como também virá depois o prazer gerado pelo atrito do pênis com a próstata. Já as mulheres (sem próstata) não sentem prazer algum nessa forma de sexo, apenas dor. Mas no caso delas o cérebro, por meio duma providencial confusão, consegue camuflar a dor, dando-lhes a falsa sensação de prazer, e elas não perdem o bonde - vide anatomia feminina.
Para finalizar, uma dica: já que o cu é seu, exerça você o controle durante o ato; até porquê quem tá metendo não sente dor alguma. E como os esfíncteres são anéis involuntários, o ideal é que você lubrifique bem seu ânus e peça pro cara apenas encostar o pau nele com o mínimo de pressão e esperar, pa-ci-en-te-men-te, que depois de um tempo o cu abre por si mesmo. Vale também escolher uma posição legal, nada de ir dando logo de quatro, por favor. Tente de ladinho ou apenas deite de costas com o cara por cima e deixe o resto com a Natureza.
Beijos!